quinta-feira, 26 de novembro de 2009

aqui sem você


"centenas de dia me fizeram mais velho,
desde a última vez que vi seu lindo rosto.
milhares de mentiras me fizeram mais frio,
e eu não acho que possa olhar para isto do mesmo jeito. mas todas as milhas que nos separam, elas desaparecem agora enquanto estou sonhando com seu rosto (...)"

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

penhasco


em meio ao silêncio, agora pode-se ouvir o barulho de um peso caindo sobre a água, corvos cantam ao longe, o silêncio retorna. do penhasco mais alto, uma vida fora roubada por sentimentos vazios... era uma menina de bom coração, seu único defeito era amar demais. e ela amava mais que tudo, com todo o seu coração alguém que a ignorava. a menina era desprezada e humilhada por seu amado. tinha tudo para ser feliz, mas o seu coração não a deixava seguir em frente. ela dormia, acordava, passava noites em claro, pensando no menino que fazia a ela tanto mal, mas que ela nunca deixou de amar. ninguém entendia porque ela o amava tanto, porque ela era tão fissurada em tudo o que dizia a respeito dele... o menino sabia o quanto ela o amava, mas isso só o fazia desprezá-la cada vez mais. ela era capaz de dar a sua vida por ele. mas a menina não aguentou o tamanho sofrimento. cada dia ela ia guardando um pouquinho de suas mágoas, até que não conseguiu mais segurar. a menina entrou em uma profunda depressão, chorou até não ter mais lágrimas para derramar. resolveu dar um fim no sofrimento... foi até um penhasco distante da cidade e ali permaneceu por horas, pensando em sua vida, no amor da sua vida. após lágrimas e soluços... o barulho de um peso caindo sobre a água. o coração da menina não escolheu de quem gostar. simplesmente se apaixonou, e essa paixão se tornou amor, que mais tarde se tornou o fim de sua vida. a menina se foi e não deixou seu último adeus, mas aprendeu que amar exageradamente faz mal à nossa alma, ao nosso espírito.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

um breve adeus

o relógio soava três da tarde de um domingo comum. e lá estava ela sentada no balanço, admirando o barulho do riacho que ali perto passava. o sol brilhava intensamente e os passarinhos cantavam em disritmia. seus cabelos dourados irradiavam, e lá dentro um coração atordoado gritava pedindo socorro. seus pensamentos distantes revelavam sua expressão distraída. uma lágrima rola em seu rosto, lenta e silenciosa. soluços invadem o silêncio mantido por horas. sua expressão já não é mais a mesma. agora seu rosto transparece o desespero escondido em seu coração por dias, meses. suas mãos ficam trêmulas e seu rosto mais pálido. é como se em sua cabeça passasse um filme inevitável. ela lembra de todos os beijos, de todos os abraços, dos sussurros, das palavras doces, das pequenas demonstrações de amor. foram os melhores momentos de sua vida, e que agora ela nunca mais teria, seu último adeus já tinha sido dado. de repente, em sua cabeça vêm lembranças do último dia feliz de sua vida. e logo, imagens embaçadas e embaralhadas invadem sua mente. uma brisa suave passeia por seus cabelos e agora pode-se ouvir um breve sussurro que dizia: "eu te amo e espero te ter logo". de repente, tudo começa a escurecer, seus sentimentos vão desaparecendo e seus sentidos vão ficando cada vez menos aguçados. seu corpo cai sobre o chão, fazendo com que o canto dos passarinhos se cale e um vento sombrio passe por ali. finalmente ela pôde encontrar novamente o amor de sua vida...